domingo, 9 de junho de 2013

Acho que  minhas leituras iniciaram com os antigos Gibis  e era muito bom ir as bancas de revistas e comprar as historias em quadrinhos tipo Turma  da Mônica e Tio Patinhas....Lembro que não gostava de ler os livros impostos pela escola e que nunca tive o hábito da leitura e que ainda hoje tenho uma certa relutância em ler apesar de ter  consciência da sua importância, e que  é através leitura que se da a construção  de uma personalidade mais crítica além de enriquecer nosso vocabulário .Que é por meio dela que se aprende, cresce, e que saímos da ignorância para um mundo mais aberto  e de qualidade...

LER DEVIA SER PROIBIDO (Guiomar de Grammont)


LER DEVIA SER PROIBIDO - (Guiomar de Grammont)

"A pensar a fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. [...]
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação. Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais? Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido. Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação , a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas.
É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas. Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, podem levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, podem estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem com suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais, etc. Observem as filas, um dos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Pra o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura? É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para executar ordens, a palavra é inútil. Além disso, a leitura promove a comunicação de dores,alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano."

Depoimento de Sueli Costa da Rocha


"""   Sou professora há mais ou menos 20 anos....fui concursada por 12 anos em outro estado...e por motivos familiar tive que retornar ao meu estado de origem, que tanto amo....Quando entrei na Educação sempre dizia que não me aposentaria como tal.....por estes motivos acabei passando em outro concurso e entrando em outra secretaria .....foi ai que descobri a minha verdadeira vocação..e o quanto gostava de lecionar.....Hoje sou feliz na educação ..não pretendo sair e ainda acredito que eu  possa contribuir em sua melhoria ".

Leitura e a Matemática: Leitura e a Matemática: Depoimento de Maria Cristina de Abreu Miranda

Leitura e a Matemática: Leitura e a Matemática :Depoimento de Maria Cristina de Abreu Miranda  Olá, sou professora há 20 anos, espero trocar experiencias com meus colegas, aprendendo e crescendo profissionalmente.