quinta-feira, 6 de junho de 2013

Depoimento de Maria Célia Motta Cisoto

No início, os seres humanos se comunicavam por sons e gestos, assim como a totalidade dos animais. Com a evolução apareceram a fala e a escrita. Desde então, todos os que não têm alguma dificuldade física falam. O aprendizado começa em casa. O escrever e o ler vêm depois, tradicionalmente através de um mestre ou tutor (já há muito tempo substituídos pela escola). Esse ensinamento é primordial para o entendimento de todas as demais matérias curriculares ou extracurriculares e, ao mesmo tempo, transforma os seres em pessoas ou indivíduos esclarecidos. A falta do ensinamento leva ao desconhecimento e ao desinteresse. Esses dois fatores, somados à falta de cobrança, ou controle, levam ao desrespeito a tudo e a todos. Hoje vivemos um dilema, “salvar” os que têm interesse e mais uns dois ou três. É muito pouco, concordo, mas é o que temos e, com um pouco de ajuda poderíamos “salvar” mais. Minha experiência com a palavra escrita vem de casa. Meus pais sequer concluíram o 4º ano. Comecei a trabalhar com 12 anos, vendo meu pai devorar a Bíblia e minha mãe “dar” aulas de comunicação. Possuo uma graduação e uma licenciatura que foram conseguidos graças aos esforços que me foram dados, desde o início, a perseverar com o “aprender”. Hoje nossa tarefa é perseverar com o “ensinar”, não desistir de ninguém, acreditando que todos podem aprender. Lecionar não é uma profissão. É, mais do que isso, uma tarefa social.   

Um comentário:

  1. Olá, sou professora há 20 anos, espero trocar experiencias com meus colegas, aprendendendo e crescendo profissionalmente.

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